O conteúdo programático desta atividade está alinhado ao estudo dos processos de urbanização e sua representação social por meio das características das paisagens locais. Envolve a interpretação e a análise crítica de representações espaciais em materiais de mídia impressa e a identificação de influências sociais e culturais na formação dos territórios urbanos. Os alunos são incentivados a aplicar conhecimentos geográficos na compreensão de suas realidades cotidianas, considerando a diversidade e complexidade dos espaços que habitam. A proposta curricular também é de compreender como elementos históricos e sociais moldam as percepções sobre os bairros e os desafios contemporâneos enfrentados por comunidades específicas. Este conteúdo é estruturado para estimular os alunos a questionarem narrativas padronizadas e desenvolver uma percepção mais inclusiva do meio urbano.

Para atingir os objetivos pedagógicos traçados, a metodologia da atividade se fundamenta no uso de metodologias ativas que estimulam a autonomia e o protagonismo dos alunos. O plano de aula propõe inicialmente a Sala de Aula Invertida, onde os alunos têm acesso prévio aos materiais e conteúdos relevantes, permitindo-lhes refletir e trazer suas observações para a atividade em sala. Na sequência, a prática de roda de debate possibilita uma troca rica e plural de experiências e percepções, incentivando o exercício de habilidades de comunicação e negociação em grupo. Estas metodologias são organizadas para promover uma participação significativa, onde os alunos se tornam verdadeiros coautores do seu aprendizado, ao trazerem debates fundamentados em suas vivências e estudos prévios. Estimular a curiosidade e o posicionamento crítico são fundamentos chave deste plano.

O cronograma da atividade está estruturado em duas aulas de 50 minutos cada, permitindo aos alunos tempo suficiente para absorverem e debaterem os conteúdos propostos. Na primeira aula, utilizando a metodologia da Sala de Aula Invertida, os estudantes já chegam preparados para um mergulho inicial no tema, após uma análise própria baseada nos materiais impressos fornecidos previamente. Essa preparação assegura que o debate posterior seja rico e fundamentado. Na segunda aula, dedicada integralmente à metodologia da roda de debate, os alunos poderão expor suas análises, confrontar diferentes perspectivas e consolidar o aprendizado coletivo. A estrutura de aulas é pensada para maximizar o engajamento dos estudantes e garantir uma absorção mais profunda e significativa dos conceitos discutidos.

Nesta atividade, os recursos pedagógicos selecionados são intencionalmente analógicos, estimulando a apreensão direta e a interação dos alunos sem a intermediação digital. Materiais impressos com artigos e imagens fornecerão as bases teóricas e visuais para a análise das paisagens urbanas. Além disso, a organização do espaço da sala em formato circular facilitará uma dinâmica de diálogo durante a roda de debate. Este arranjo físico propicia um ambiente inclusivo e seguro para a expressão pessoal. Outro recurso essencial será o uso de fichas para anotações durante as discussões, promovendo um registro ativo do aprendizado e das percepções emergentes. Essa abordagem com recursos tradicionais busca promover um envolvimento mais profundo e consciente dos alunos com os conteúdos, proporcionando uma experiência enriquecedora que aprofunda a capacidade de observação e reflexão crítica.

Sabemos que a inclusão e a acessibilidade na prática pedagógica são aspectos fundamentais para garantir uma educação de qualidade para todos os alunos. Para isso, mesmo que não haja alunos com necessidades específicas identificadas na turma atual, é essencial desenvolvermos um ambiente onde todos se sintam bem-vindos e seguros para expressar suas ideias. Recomendamos que o professor assegure diferentes formas de participação e expressão para garantir que todos os estudantes se engajem ativamente. As fichas e anotações durante os debates, por exemplo, podem ser adaptadas de acordo com a necessidade dos alunos, proporcionando um suporte físico ao pensamento e à organização das ideias. No decorrer das atividades, o monitoramento atento do professor auxiliará na identificação de quaisquer dificuldades, permitindo intervenções oportunas que busquem mediar e facilitar o aprendizado. O incentivo ao respeito e à escuta ativa entre os alunos também é uma estratégia-chave para a inclusão, criando um espaço onde a diversidade é valorizada. Finalmente, a comunicação constante com os alunos, escutando ativamente suas necessidades, pode revelar ajustes metodológicos que ampliem ainda mais a acessibilidade das aulas.