Conto Vivo: A Vida de Carolina

Desenvolvida por: Yuri R… (com assistência da tecnologia Profy)
Área do Conhecimento/Disciplinas: História
Temática: Consciência Negra

Nesta atividade, os alunos do 6º ano criarão uma narrativa ilustrada inspirada na vida de Carolina Maria de Jesus. Utilizando materiais como Cartolinas, canetas hidrográficas grossas, cola, imagens da Carolina e da Favela do Canindé, eles desenvolverão Cartazes que combinam alguns poemas de Carolina, juntamente com imagens e textos de alguns alunos, destacando suas lutas e vivencias em nossa cidade. O objetivo central é reconhecer a importância de Carolina como escritora e compreender a relevância histórica de suas obras para a análise das desigualdades sociais e raciais no Brasil após a abolição e também trazer para os dias atuais essa análise com base na vivencias dos alunos e alunas.

Ao longo do processo, será enfatizada a importância do trabalho em equipe, das discussões em grupo e da reflexão coletiva sobre os temas abordados. Os alunos serão estimulados a explorar sua criatividade e a colaborar entre si, enquanto desenvolvem narrativas coesas e significativas. A atividade propõe também um espaço para debate sobre o contexto histórico e social do país, incentivando uma compreensão mais ampla e crítica da obra de Carolina Maria de Jesus.

Objetivos de Aprendizagem

O objetivo principal desta proposta educativa é aprofundar o entendimento crítico dos alunos acerca dos contextos históricos e culturais. Ao se envolverem com a vida e a obra de Carolina Maria de Jesus, os estudantes serão conduzidos a uma reflexão abrangente sobre as questões persistentes de desigualdade social e racial no Brasil desde a abolição da escravatura. Essa abordagem oferece aos alunos uma compreensão crítica da história.

  • Reconhecer a importância da obra de Carolina Maria de Jesus como documento histórico.
  • Refletir sobre a desigualdade social e racial no Brasil pós-abolição.
  • Refletir e analisar sobre  o racismo hoje.
  • Para alcançar o objetivo de refletir e analisar sobre o racismo hoje, a atividade integrará discussões e debates que partem do contexto histórico presente na obra de Carolina Maria de Jesus, levando os alunos a traçarem paralelos com a realidade atual. Durante esses debates, os alunos terão a oportunidade de compartilhar suas próprias vivências e observações sobre o racismo no seu ambiente escolar e comunitário, promovendo um espaço seguro para expressões sinceras. Por exemplo, ao discutir os trechos dos diários de Carolina que expõem injustiças raciais, os alunos serão motivados a identificar situações semelhantes que podem ainda acontecer nos dias de hoje, promovendo uma análise crítica e contemporânea sobre o tema.

    Além disso, a produção de cartazes permitirá que os alunos expressem visualmente suas percepções sobre o racismo atual. Eles poderão criar personagens ou situações inspiradas nas suas realidades, evidenciando experiências e processos de resistência ao racismo que possam estar presentes ao seu redor. Esse processo criativo servirá não apenas como um meio de expressão artística, mas também como uma ferramenta para que os alunos desenvolvam empatia e sensibilidade em relação ao tema. Por exemplo, os alunos poderiam ilustrar cenas que representam atos de solidariedade entre pessoas negras, ou demonstrar as micro agressões raciais ainda vividas, destacando a importância de cada um no combate ao racismo. A metodologia utilizada busca, portanto, não apenas informar sobre o racismo, mas estimular um engajamento ativo dos alunos na busca por soluções e transformações sociais.

Habilidades Específicas BNCC

  • EF06HI01: Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização dos processos históricos (continuidades e rupturas).
  • EF06HI16: Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades e períodos, com destaque para as relações entre senhores e servos.

Conteúdo Programático

O conteúdo abrange a análise da trajetória de Carolina Maria de Jesus como uma importante figura na historiografia brasileira, abordando suas contribuições enquanto mulher negra que desafiou as condições socioeconômicas adversas. Os alunos serão levados a discutir o contexto histórico do Brasil pós-abolição, examinando as dinâmicas sociais e raciais, através de atividades práticas e interativas, que incluem a elaboração de narrativas escritas e a criação de ilustrações, permitindo explorar aspectos históricos e culturais de forma crítica e criativa.

  • Análise da obra e vida de Carolina Maria de Jesus.
  • Contexto histórico do Brasil pós-abolição.
  • Discussões sobre desigualdade social e racial.

Metodologia

A metodologia da atividade se apoia em abordagens participativas e interativas, centradas em metodologias ativas de aprendizagem. Os alunos engajarão em uma atividade mão-na-massa que promove o trabalho em equipe e a construção colaborativa de conhecimento. Através da criação de cartazes, os alunos atuam ativamente no processo de aprendizado, desenvolvendo habilidades como escrita, análise crítica e criatividade. Além disso, é estimulado o debate em grupo, proporcionando um espaço para trocas de experiências e reflexões sobre o tema histórico abordado.

  • Atividade mão-na-massa.
  • Trabalho em equipe e colaboração.
  • Debates e reflexões em grupo.

Aulas e Sequências Didáticas

A atividade será realizada em duas aula de 50 minutos, permitindo um planejamento eficiente e focado. A aula será dividida em etapas que contemplarão desde a introdução contextualizada do tema, a produção das narrativas e ilustrações até a finalização com uma partilha dos trabalhos realizados pelos alunos. A divisão do tempo é crucial para garantir que todos os aspectos sejam abordados adequadamente, oferecendo tempo suficiente para a criação e discussão.

  • Aula: Introdução ao tema e produção dos cartazes. 
  • Momento 1: Introdução ao Tema de Carolina Maria de Jesus (Estimativa: 15 minutos)
    Inicie a aula apresentando aos alunos uma breve biografia de Carolina Maria de Jesus, salientando seu papel como escritora e a relevância de suas obras na compreensão das desigualdades no Brasil pós-abolição. Utilize textos de apoio que tragam informações enriquecedoras sobre sua vida. É importante que você destaque a origem humilde da autora e suas conquistas literárias como conquistas notáveis. Permita que os alunos compartilhem suas percepções iniciais sobre o tema e incentive a participação ativa por meio de questionamentos. Avalie o engajamento dos alunos, observando se demonstram interesse e se fazem perguntas pertinentes.

    Momento 2: Discussão em Pequenos Grupos (Estimativa: 10 minutos)
    Organize a turma em pequenos grupos e distribua textos de apoio para que leiam e discutam em conjunto. Peça que eles destaquem trechos que mais os impactaram e preparem-se para compartilhar suas reflexões com a turma. Circule entre os grupos para observar as dinâmicas e oferecer suporte ou esclarecimentos, se necessário. Incentive a troca respeitosa de ideias, observando se os alunos conseguem relacionar as informações com o contexto histórico do Brasil pós-abolição. A avaliação será qualitativa, baseada na participação e capacidade de reflexão dos alunos.

    Momento 3: Produção das Narrativas Ilustradas (Estimativa: 20 minutos)
    Depois da discussão, oriente os alunos a começarem a criar suas narrativas ilustradas, combinando texto e imagem. Disponibilize papel, lápis e materiais artísticos para que explorem sua criatividade. É importante que você esclareça que a narrativa deve refletir um dia na vida de Carolina, destacando suas lutas e conquistas. Auxilie aqueles que precisarem de ajuda para desenvolver suas ideias e supervisione o progresso, permitindo que façam ajustes à medida que trabalham. Avalie o desenvolvimento das narrativas por meio da observação contínua, verificando a coesão dos textos e a criatividade nas ilustrações.

    Momento 4: Compartilhamento e Feedback (Estimativa: 5 minutos)
    Conclua a aula com um momento de compartilhamento, onde voluntários possam apresentar brevemente suas narrativas para a turma. Dê um feedback formativo, elogiando o esforço e a criatividade demonstrada, e sugerindo melhorias de forma construtiva. Permita que os colegas também participem do feedback, incentivando uma troca positiva de impressões e sugestões. Avalie se os alunos conseguem expressar suas ideias com clareza e receptividade ao feedback.

    Estratégias de inclusão e acessibilidade:
    Para os alunos com transtorno do espectro autista, forneça instruções e expectativas claras e divididas em etapas visíveis, utilizando rotinas previsíveis durante as atividades. Incentive a colaboração com colegas que possam ajudá-los a se sentir mais integrados e confortáveis durante as discussões em grupo. Use recursos visuais adicionais sempre que possível para reforçar a compreensão. Para alunos com baixa participação por fatores socioeconômicos, facilite o acesso aos materiais necessários e, se possível, promova parcerias que reforcem o engajamento e a inclusão durante as atividades em grupo. Lembre-se que seu papel é criar um ambiente acolhedor e inclusivo, sem exigir recursos adicionais além do seu alcance.

Avaliação

A avaliação se dará através de métodos diversificados que incluem a observação contínua e feedback formativo durante o processo criativo dos alunos. O objetivo é avaliar a compreensão dos conceitos históricos e a habilidade de expressá-los por meio da narrativa e ilustração. Critérios como originalidade, coesão textual, capacidade de síntese e criatividade serão considerados. Um exemplo prático é a utilização de uma grade de avaliação que contemple esses critérios e permita a autoavaliação e a apresentação das produções para o grupo, promovendo o desenvolvimento do protagonismo estudantil.

  • Observação contínua.
  • Feedback formativo.
  • Apresentação dos trabalhos.

Materiais e ferramentas:

Os recursos utilizados na atividade se concentram em materiais de arte tradicionais, como papel e lápis, que promovem a expressão criativa dos alunos sem a dependência de meios digitais. Além disso, textos de apoio sobre Carolina Maria de Jesus e suas contribuições históricas serão fornecidos para auxiliar na construção do conhecimento histórico e fundamentar a inspiração para as narrativas.

  • Papel e lápis.
  • Materiais de artes (tintas, pincéis, etc.).
  • Textos de apoio sobre Carolina Maria de Jesus.

Inclusão e acessibilidade

Sabemos que o professor enfrenta diversos desafios diários, e considerando os alunos desta turma, proponho estratégias de inclusão que sejam práticas e eficazes. Para alunos com transtorno do espectro autista, uma abordagem mais visual e concreta pode ser facilitada através de instruções claras e estruturação do ambiente de aula que minimize distrações. Para alunos com baixa participação por fatores socioeconômicos, a atividade proposta não requer recursos adicionais em casa, garantindo que a participação em sala de aula seja igualitária. Além disso, é importante monitorar o engajamento dos alunos, ajustando as atividades conforme necessário e oferecendo suporte individualizado, quando necessário, para garantir a inclusão e equidade de todos os alunos.

  • Instruções claras para alunos com TEA.
  • Monitoramento do engajamento.
  • Suporte individualizado conforme necessário.

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