O conteúdo programático foca na leitura, interpretação e oralidade, elementos essenciais para o desenvolvimento educacional dos alunos do 4º ano. Durante a execução da atividade, será realizada uma abordagem profunda através da leitura compartilhada de uma obra de cordel, especificamente 'O Mistério do Tesouro Escondido'. Tal gênero literário não só enriquecerá o vocabulário e compreensão dos alunos, como também promoverá o entendimento de práticas culturais típicas do nordeste do Brasil. A atividade incluirá práticas que desenvolvem o respeito aos turnos de fala, a clareza na expressão oral e a habilidade de ouvir ativamente, competências fundamentais para o desenvolvimento de um bom comunicador. Essa abordagem integrada ao conteúdo curricular prepara o aluno para enfrentar desafios nos quais é necessário articular ideias, compreender contextos e lidar com divergências de maneira respeitosa.

A metodologia centra-se na leitura compartilhada e na discussão em sala, proporcionando um ambiente favorável à troca de ideias e aprendizado colaborativo. Os alunos serão incentivados a se colocarem no lugar dos personagens, entendendo contextos e motivações, o que destaca o poder narrativo do cordel. Durante a leitura, cada aluno assumirá papéis diferentes, o que promove tanto a habilidade de leitura em voz alta quanto a capacidade de interpretação. Após a leitura, uma discussão será promovida para que os alunos compartilhem suas interpretações, proporcionando um espaço de debate saudável e respeitoso. Encoraja-se, também, o uso de perguntas investigativas para fomentar a curiosidade e análise crítica dos alunos, estimulando um engajamento profundo com o texto e suas implicações sociais e culturais.

O cronograma disso se faz em uma aula única, dividida em três momentos principais. Inicialmente, dedica-se tempo para a leitura compartilhada, onde cada aluno terá a oportunidade de ler um trecho, ajudando a desenvolver habilidades de leitura em voz alta. Este é um momento crucial para promover a confiança e a dicção entre os alunos. Segue-se uma discussão estruturada sobre o conteúdo lido e suas implicações sociais e culturais para a compreensão da função do cordel. Finalmente, os alunos são incentivados a refletir sobre o que aprenderam e como isso pode ser aplicado ao seu cotidiano e entendimento cultural. Estas etapas, distribuídas em 60 minutos, garantem que há tempo suficiente para explorar o tema em profundidade, permitindo um aprendizado rico e eficaz.

Para a efetivação da atividade, iremos utilizar recursos acessíveis e pertinentes ao tema. Essencialmente, será necessário um exemplar do cordel 'O Mistério do Tesouro Escondido' para cada aluno ou, alternativamente, uma versão projetada em sala para leitura coletiva. Outros materiais incluem suportes audiovisuais que possam enriquecer o entendimento do cordel e sua ambientação cultural. Recursos simples, como papéis e lápis, serão úteis para anotações e escrita das reflexões. A sala de aula deve ser um ambiente propício para discussões em grupo, preferencialmente em formato de círculo para facilitar o intercâmbio visual e auditivo entre os alunos. A tecnologia, caso disponível, pode incluir a reprodução de músicas de cordel ou de trechos de leitura, o que enriquece a experiência sensorial e contextual da atividade.

Sabemos que a rotina de um professor é complexa e exige muito de sua atenção. Portanto, buscamos sugerir estratégias práticas e acessíveis que não onerem significativamente seu tempo e orçamento. Embora a turma atual não apresente condições específicas de acessibilidade, sugerimos práticas inclusivas, como a utilização de diferentes formas de apresentação do texto para acomodar múltiplos estilos de aprendizagem, garantindo que cada aluno possa participar efetivamente, seja lendo, ouvindo ou debatendo. Adicionalmente, a escolha de trechos de leitura que respeitem o tempo de atenção dos alunos é importante. Estimular a empatia, incentivando os alunos a refletirem sobre diversas perspectivas culturais, assegura um ambiente inclusivo. Um espaço físico acessível, livre de barreiras, e o uso de tecnologias de forma ética também são práticas recomendadas para criar um espaço de aprendizado equitativo e respeitador da diversidade de todos os alunos.