Mapeando Nossas Palavras

Desenvolvida por: Cristi… (com assistência da tecnologia Profy)
Área do Conhecimento/Disciplinas: Língua Portuguesa
Temática: Heterogeneidade e Riqueza da Língua Portuguesa no Brasil

Nesta atividade, os alunos do 1º ano do Ensino Médio serão convidados a criar mapas linguísticos, pesquisando palavras de uso popular em diferentes regiões do Brasil e suas origens. Os estudantes deverão coletar informações sobre a história e o contexto cultural de cada palavra ou expressão pesquisada, evidenciando como a língua é influenciada por aspectos geopolíticos, históricos, culturais e sociais. Ao final, cada aluno apresentará suas descobertas, destacando a heterogeneidade e riqueza da língua portuguesa, fomentando uma visão crítica sobre sua influência e transformação ao longo do tempo. A atividade visa promover, além do conhecimento linguístico, a capacidade investigativa e crítica dos alunos sobre a diversidade cultural brasileira.

Objetivos de Aprendizagem

Os objetivos de aprendizagem para esta atividade focam no desenvolvimento da competência dos alunos em analisar criticamente as línguas como fenômenos complexos e interdisciplinares, envolvendo aspectos históricos, sociais, culturais e geopolíticos. Pretende-se, com isso, ampliar a compreensão dos alunos sobre a diversidade linguística do Brasil, induzindo-os ao reconhecimento e valorização das múltiplas expressões culturais representadas por diferentes modos de uso da língua. Essa prática busca também desenvolver habilidades de pesquisa, organização de dados e apresentação de resultados, promovendo o protagonismo dos alunos em suas próprias aprendizagens.

  • Desenvolver a habilidade de análise crítica das línguas como fenômenos complexos.
  • Promover a compreensão da diversidade linguística e cultural do Brasil.
  • Fomentar habilidades de pesquisa e organização de dados.
  • Para fomentar habilidades de pesquisa e organização de dados, os alunos serão incentivados a adotar uma metodologia sistemática em sua investigação sobre a variação linguística regional no Brasil. Primeiramente, os estudantes devem iniciar sua pesquisa com uma coleta preliminar de palavras e expressões de diferentes regiões, utilizando fontes confiáveis como dicionários regionais, acervos digitais de linguística ou livros que abordam variação linguística. Neste processo, será essencial que os alunos aprendam a identificar quais informações são mais relevantes, como a origem etimológica, o uso contemporâneo, e o contexto cultural em que a expressão é utilizada. Esta prática auxiliará os estudantes a desenvolverem uma mentalidade crítica e a habilidade de filtrar e priorizar dados importantes.

    Além disso, ao organizar os dados coletados, os alunos serão orientados a utilizar ferramentas digitais para elaborar relatórios ou quadros comparativos das palavras e expressões pesquisadas. Isto inclui o uso de planilhas eletrônicas para catalogar informações, facilitando a visualização de padrões linguísticos e culturais. Os alunos também podem ser instruídos no uso de softwares para a criação de bancos de dados simples, onde poderão registrar suas descobertas e classificá-las em categorias, por exemplo, por região, origem histórica ou grupo social de uso. Essas atividades não apenas reforçam o aprendizado sobre organização de dados, mas também preparam os estudantes para lidarem com grandes quantidades de informações de maneira estruturada e analítica.

    Finalmente, para consolidar o aprendizado, os alunos apresentarão suas descobertas utilizando infográficos ou mapas linguísticos digitais. Por exemplo, ao apresentarem a palavra guri usada no Sul do Brasil, poderão destacar sua origem, o contexto de uso, e compará-la com termos de significado semelhante em outras regiões. Essa etapa de apresentação é crucial para o desenvolvimento da habilidade de sintetizar informações e comunicar resultados de forma clara e visualmente atraente. A prática de organizar e apresentar dados de maneira estruturada e metodológica contribuirá significativamente para o desenvolvimento das competências de pesquisa e gestão de informações dos alunos.

Habilidades Específicas BNCC

  • EM13LGG401: Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.

Conteúdo Programático

O conteúdo programático desta atividade está centrado na investigação e compreensão da diversidade linguística de diferentes regiões do Brasil. Os estudantes irão explorar o conceito de variação linguística, entendendo a língua como um fenômeno vivo, adaptável a contextos específicos e modelado por influências históricas e culturais. Este percurso inclui a pesquisa e análise de etimologia e regionalismo, destacando a aplicação crítica desses conteúdos na construção de conhecimento cultural ampliado e na habilidade de conectar a linguagem aos seus contextos geopolíticos.

  • Investigação sobre variação linguística regional no Brasil.
  • A pesquisa sobre variação linguística regional no Brasil é fundamental para compreender como o português é um idioma dinâmico, amplamente influenciado pela rica diversidade cultural do país. Essa investigação permite que os alunos explorem como diferentes regiões incorporam expressões únicas e adaptam a língua ao seu contexto social e histórico. A atividade encoraja os estudantes a identificar e analisar palavras e expressões que são específicas de regiões distintas, observando suas peculiaridades fonéticas, semânticas e sintáticas. Por exemplo, termos como 'guri' no Sul do Brasil e 'cabra' no Nordeste refletem mais do que simples palavras; elas representam identidades culturais e históricas locais.

    Ao explorar essas variações, é importante que os alunos levem em consideração os fatores que contribuem para tais diferenças, tais como migrações, influências de línguas indígenas e de povos africanos, além da geografia única do Brasil que propicia isolamentos regionais. As atividades incluirão discussões sobre como as condições históricas de uma região, como colonização e comércio, moldaram seu vocabulário e pronúncia. Os alunos serão incentivados a realizar entrevistas e pesquisas em fontes diversos, como dicionários regionais e relatos de moradores, para enriquecer suas análises. Essa abordagem prática visa desenvolver a capacidade dos alunos de entenderem a língua como um fenômeno social, moldado por infinitas interações culturais e sociais no espaço e no tempo.

  • Análise etimológica e cultural.
  • Conexão entre linguagem e contexto geopolítico.

Metodologia

As metodologias aplicadas nesta atividade são voltadas para o desenvolvimento da pesquisa ativa e a utilização de recursos de mapeamento digital. Ao coletar dados sobre palavras regionais, os alunos exercitam suas habilidades investigativas e analíticas. A construção de apresentações de suas descobertas estimula a capacidade de organização e síntese, enquanto o uso de tecnologia para produzir mapas ou infográficos integra habilidades digitais ao projeto. Estes métodos são aliados a um ambiente de aprendizagem colaborativo, onde os alunos compartilham informações e discutem suas análises, exercitando a visão crítica e o respeito à diversidade de opiniões.

  • Pesquisa ativa e investigativa.
  • A pesquisa ativa e investigativa é uma abordagem central nesta atividade, visando engajar os alunos em uma busca profunda e prática pela variedade linguística do Brasil. Os estudantes são incentivados a saírem a campo, virtual ou fisicamente, para coletar dados autênticos sobre palavras e expressões de uso popular em diferentes regiões do país. Isso pode incluir entrevistas com falantes nativos, consulta a dicionários regionais, análise de material áudio-visual e utilização de bases de dados digitais especializadas. Tal prática visa fomentar o pensamento crítico e a autonomia, encorajando os alunos a questionarem e explorarem o significado e as origens de cada expressão dentro de seu contexto cultural e histórico, auxiliando-os a desenvolverem habilidades de pesquisa acadêmica em um nível mais profundo.

    A criação de mapas linguísticos permite que os alunos vejam suas descobertas de maneira visual e organizada. Incentivamos o uso de ferramentas digitais gratuitas de mapeamento, que possibilitam aos alunos plotar suas palavras e expressões diretamente sobre um mapa do Brasil. Por exemplo, ao pesquisar a palavra guri\

  • Uso de mapeamento digital para apresentação de resultados.
  • Aprendizagem colaborativa e discussão crítica.

Aulas e Sequências Didáticas

A atividade será desenvolvida em uma aula de 60 minutos, que fornecerá tempo suficiente para introduzir o tema, iniciar a pesquisa e discutir os primeiros achados. Inicia-se com uma breve apresentação do conceito de variação linguística, seguida pela fase de coleta de dados, onde os alunos, individualmente ou em grupos, iniciam suas pesquisas sobre palavras regionais e suas origens. A aula culmina em uma discussão coletiva sobre os dados coletados, que continuará em casa, onde os alunos poderão aprofundar suas pesquisas e organizar suas apresentações para uma próxima sessão.

  • Aula 1: Introdução ao conceito de variação linguística, coleta inicial de dados e discussão coletiva sobre os achados preliminares.
  • Momento 1: Introdução à Variação Linguística (Estimativa: 15 minutos)
    Inicie a aula explicando o conceito de variação linguística, ressaltando a variedade de expressões e palavras encontradas em diferentes regiões do Brasil. Utilize exemplos conhecidos dos alunos para ilustrar essas variações. É importante que engaje a turma, perguntando sobre palavras ou expressões que eles já ouviram e que possam ter origens regionais diferentes. Oriente a discussão destacando a influência de fatores geopolíticos e culturais na formação dessas variações. Avalie a participação dos alunos e suas contribuições como forma de engajamento.

    Momento 2: Coleta Inicial de Dados (Estimativa: 20 minutos)
    Oriente os alunos a se organizarem em duplas para que possam iniciar a coleta de informações sobre palavras e expressões de uso popular em diferentes partes do Brasil. Forneça acesso a recursos bibliográficos ou digitais, como dicionários regionais ou sites especializados, e estabeleça que cada dupla deve selecionar pelo menos cinco palavras para investigar. Permita que utilizem dispositivos móveis para facilitar a busca. Observe se os alunos estão trabalhando colaborativamente e oferecendo suporte mútuo. Faça intervenções quando necessário para ajudar na escolha das palavras e na busca por informações.

    Momento 3: Discussão Coletiva sobre Achados Preliminares (Estimativa: 25 minutos)
    Conduza uma discussão em classe onde cada dupla compartilha com o grupo as palavras investigadas e algumas informações iniciais que encontraram (origem, significado, variações de uso). Promova o debate guiando perguntas sobre como essas palavras refletem aspectos culturais e sociais das regiões de origem. Estimule os alunos a refletirem criticamente sobre como a língua pode variar e ser um indicativo de diversidade cultural. Avance na avaliação formativa, observando a capacidade argumentativa e o raciocínio crítico dos alunos. Encoraje-os a fazerem perguntas aos colegas e a refletirem sobre as perspectivas apresentadas.

Avaliação

O processo avaliativo desta atividade se baseia em duas abordagens principais: avaliação formativa durante a aula e avaliação somativa com a apresentação final dos trabalhos. A avaliação formativa ocorrerá através de observações e feedbacks contínuos sobre as contribuições dos alunos no decorrer das atividades de pesquisa e discussão. O objetivo é incentivar a participação ativa e oferecer orientações para aprimoramento das habilidades de investigação e análise crítica. Já a avaliação somativa consistirá na apresentação das descobertas, onde serão considerados critérios como profundidade da pesquisa, clareza e coerência na exposição das ideias, e a capacidade de conectar os dados linguísticos aos seus contextos históricos e culturais. Exemplos práticos incluem a organização de uma feira cultural escolar onde os alunos possam expor seus resultados em formatos diversos como infográficos, slides ou mapas. Será flexível para considerar adaptações nos critérios para garantir inclusão de todos os alunos e promover o uso de feedback construtivo.

  • Avaliação formativa durante a discussão em classe.
  • Avaliação somativa através de apresentação final.

Materiais e ferramentas:

Os recursos necessários para a atividade incluem acesso a recursos digitais e bibliográficos para pesquisas sobre variação linguística, além de ferramentas tecnológicas para a criação de infográficos ou mapas, como aplicativos de design gráfico e softwares de apresentação. A sala de aula deve estar equipada com acesso à internet para a realização de pesquisas online, bem como dispositivos como tablets ou notebooks se disponíveis, para facilitar o desenvolvimento das atividades práticas. Estas ferramentas são fundamentais para estimular a pesquisa e a criatividade dos alunos na elaboração de suas análises e apresentações, integrando tecnologias ao processo educativo de forma significativa.

  • Acesso a recursos digitais e bibliográficos.
  • Ferramentas tecnológicas para criação de infográficos ou mapas.
  • Acesso à internet e dispositivos móveis, como tablets ou notebooks.

Inclusão e acessibilidade

Sabemos que os professores enfrentam muitas responsabilidades no seu dia a dia, por isso buscamos propor estratégias de inclusão que sejam práticas e eficientes. Para garantir acessibilidade e equidade a todos os alunos nesta atividade, recomenda-se a criação de grupos heterogêneos que aproveitem as fortalezas individuais dos alunos e a utilização de materiais visuais, que facilitam a compreensão das informações. Tecnologias assistivas disponíveis na escola podem ser integradas para apoiar alunos que tenham dificuldades na leitura ou no uso de plataformas digitais. Apesar de não haver condições específicas relatadas nesta turma, é fundamental que o professor esteja atento a sinais de dificuldade, oferecendo suporte individualizado de acordo com as necessidades percebidas, bem como promover um ambiente inclusivo e respeitoso onde todos possam se expressar livremente. A flexibilidade nas apresentações e a possibilidade de escolha dos formatos de exposição permitem a adaptação conforme as necessidades.

  • Criação de grupos de trabalho heterogêneos.
  • Uso de materiais visuais e tecnologias assistivas.
  • Flexibilidade e adaptação dos formatos de apresentação.

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